Foi aprovado ontem (23/07/18) pelo FDA (agência norte-americana de medicamentos e alimentos) uma nova opção de TRATAMENTO ORAL para pacientes com DOR MODERADA À SEVERA associada à ENDOMETRIOSE. A nova substância chamada ELAGOLIX ainda terá a sua comercialização iniciada nos Estados Unidos e não há notícias sobre a disponibilidade no Brasil.
O Elagolix é um antagonista do GnRH, o que significa que irá atuar inibindo a produção e liberação de importantes hormônios (FSH e LH) liberados pela hipófise (glândula na base do cérebro) e que controlam o funcionamento dos ovários. Desta forma, a redução do LH e FSH irá levar à redução de hormônios esteroides sexuais estradiol e progesterona produzidos pelos ovários.
Por um lado, o resultado esperado e benéfico para pacientes acometidas pela endometriose é de REDUÇÃO DA DISMENORREIA (dor associada ao período menstrual) e da DOR PÉLVICA não associada ao período menstrual. Por outro lado, os possíveis efeitos adversos não são desprezíveis e estão principalmente associados à redução dos níveis de estrogênio circulante durante o uso da droga podendo levar à ondas de calor (fogachos) e redução da massa óssea (dependente da dose e tempo de tratamento). Durante os ensaios clínicos também foram observados (mais raramente) queixas depressivas e suicidas, dentre outros. O uso está restrito em bula à 6 ou 24 meses de tratamento a depender da dose diária.
Então, como qualquer novo medicamento não seve ser encarado como “salvação para todos os males”, mas sim como mais uma ferramenta no arsenal de tratamento clínico (não cirúrgico) da Endometriose. Cada paciente deve ser consultada e avaliada individualmente para avaliar riscos e benefícios dos tratamentos disponíveis.
Certamente, muitos novos estudos virão nos próximos anos analisando o uso desta droga em diferentes situações e pacientes.]
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