O que é?
A menopausa é a interrupção permanente da menstruação e ocorre por volta dos 51 anos de idade, podendo vir um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde para diferentes mulheres. É considerada precoce (veja “Menopausa Precoce”) quando acontece antes dos 40 anos e tardia após os 55 anos. A partir da menopausa a mulher já não tem mais a capacidade de engravidar naturalmente uma vez que a sua reserva ovariana (capacidade de produzir óvulos) está virtualmente esgotada.
É um acontecimento natural e fisiológico, portanto, não deve ser encarada como uma "doença" ou um "problema de saúde” a ser resolvido. É na verdade uma nova fase da vida!
Importante lembrar que com o aumento da expectativa de vida das últimas décadas, fruto também do avanço dos cuidados preventivos de saúde, a população em geral tem vivido cada vez mais, principalmente as mulheres, e estas irão ainda desfrutar de muitos anos de vida pós-menopausa. Sendo assim, o acompanhamento de saúde rotineiro (prevenção de doenças crônicas e cânceres) e o tratamento de possíveis queixas comuns deste período torna-se fundamental para uma boa qualidade de vida nos primeiros anos pós-menopausa e durante a terceira idade.
Veja o vídeo abaixo:
Os três estágios da menopausa
Perimenopausa é o intervalo de tempo (geralmente vários anos) antes da menopausa natural, quando têm início as alterações corporais.
Menopausa natural é a menopausa que ocorre naturalmente - geralmente por volta dos 51 anos - e não é provocada por nenhum tratamento médico ou cirúrgico. Geralmente, é confirmada após 12 meses sem menstruação.
Pós-menopausa é o período após a menopausa.
Como saber se “estou na menopausa”?
O diagnóstico é basicamente clínico: após 12 meses com ausência total de menstruação podemos dizer que a mulher teve a menopausa. Sendo assim, é um diagnóstico retrospectivo (“de trás para frente”) e que não necessita, em condições habituais, de exames laboratoriais como dosagens hormonais no sangue.
Já desde a fase da perimenopausa, muitas vezes a partir dos 40 anos, diversas mulheres notam alterações no padrão do fluxo menstrual, que deixa de ser regular, e algumas se queixam até mesmo do início de fogachos.
Nesta avaliação, é sempre importante também descartar outras causas possíveis de interrupção prolongada dos ciclos menstruais, especialmente quando ela é precoce.
Mas se é normal nada pode ser feito com esses desconfortos que estou sentindo?
Algumas mulheres, na fase da perimenopausa, poderão sim apresentar queixas relacionadas à redução dos níveis de hormônios femininos produzidos pelos ovários, principalmente o estrogênio, mas cada caso deve ser analisado individualmente.
Os chamados sintomas vasomotores, também chamados de fogachos, calorões ou ainda ondas de calor, são os mais comuns e podem atingir até 75% das mulheres na perimenopausa. Além disso também podem surgir queixas como dificuldade para dormir, secura vaginal, problemas sexuais.
A análise individual, caso a caso, é que irá determinar qual – ou se algum – tratamento é necessário e qual o mais adequado: desde o uso de fitoterápicos (derivados de drogas vegetais) ou cremes vaginais à base de hormônio para uso local até terapia hormonal por via oral (comprimido), transdérmica (através da pele: gel, adesivo) ou implantes.
A escolha tratamento irá depender sempre da presença, tipo e intensidade da queixa. E a duração deste também não pode ser fixa: periodicamente a relação entre benefícios (melhora das queixas) e possíveis efeitos colaterais (à curto e longo prazo) devem ser avaliadas.
Veja os vídeos abaixo sobre os PRINCIPAIS SINTOMAS e a TERAPIA HORMONAL da Menopausa:
Referências:
Guia da Menopausa, 7ª edição, Sociedade Norte-americana de Menopausa (NAMS), 2012. Traduzido pela Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC), 2013.
Berek & Novak Tratado de Ginecologia, 15ª edição, Editora Guanabara Koogan, 2014.
FEBRASGO – Manual de Orientação em Climatério, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia, 2010.
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